quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Agricultura

A Agricultura

Alface


Lactuca Sativa

Originária do leste mediterrâneo, Afeganistão e Ásia, alface pertence ao género láctua, sendo utilizada na alimentação desde cerca de 500 a.C.

O percurso selvagem da alface moderna, que ainda se encontra em algumas zonas da Europa e Ásia, continha lactuarium, o narcótico semelhante ao ópio, utilizado pelos romanos para induzir o sono depois da refeição. Actualmente são cultivadas em climas temperados e apresentam um vasto leque de variedades (folhas, cores, formas, tamanhos, texturas).

O valor energético é muito baixo e o seu conteúdo em água representa 96% do seu peso relativamente as vitaminas e minerais, destacam-se os carotenos e o ácido fólico.
Como têm um conteúdo moderado de fibra, a alface ajuda a aumentar a sensação de saciedade durante uma refeição e, assim, diminuir o apetite e a quantidade de alimentos consumidos, além disso, como têm um baixo valor energético pode ser consumido sem grandes restrições.
A alface é uma planta herbácea comestível.É uma hortaliça anual de seiva leitosa ,tipicamente de inverno. Em geral a colheita é feita entre 50 a 70 dias após a semeadura. As plantas não devem apresentar nenhum indicio de florestamento,

Pois tornam-se impróprias ficando amargas.
Nome cientifico: lactua sativa
Nome popular: Alface
Família: Asteracease
Divisão: Angiospermae
Origem: Leste do mediterrâneo


Ciclo de vida: Anual
Medicinal
Indicações: insónia, nervosismo, agitação, conjuntivite, problemas gastró-intestinais, gases, reumatismo.
Propriedades: Calmantes, sedativas, antiácidas, anti-reumatismo, calmante do estômago, diurética, eupéptica, laxante (leve).
Partes usadas: folhas raízes e seiva.

Sopa de Alface Portuguesa

700 gr. de batata
1Cebola
2 dentes de alho
1 alface
60 gr. De vaqueiro com azeite
1,7 l de água
Sal q.b

Preparação

Descasque as batatas e a cebola, corte em pedaços, esmague os dentes de alho e tire-lhes a pele. deite as batatas a cebola e os alhos numa panela.
Separe as folhas de alface e lave-as em água corrente. Reserve as mais tenras e deite as restantes na panela, junte o vaqueiro com azeite e água. Tempere com sal e leve a cozer, sobre lume moderado.
Corte as folhas de alface reservadas em juliana fina, deite num coador e passe em água fria.
Quando as batatas estiverem cozidas, triture a sopa com a varinha mágica, junte a juliana de alface, rectifique o sal, se necessário e leve de novo ao lume. Deixe cozer até a alface ficar tenra.


Trabalho Elaborado Por:
Claudina Doninelli
Nazaré Pestana

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Agricultura

Vinha

A Agricultura

Vinha



Reino – Plantae
Divisão – Magnoliophyta
Classe – Liliopsida
Ordem – Vitales
Família – Vitaceae
Género – Vitis
Espécie V. vinífera

Vitis vinífera é uma espécie de uva, a mais usada para a fabricação de vinho. É cultivada há milhares de anos, e desde então surgiram dezenas de variedades através de selecção artificial.
A uva é o fruto da videira, uma trepadeira originária da Ásia. No entanto é cultivada em áreas de clima temperado por todo o mundo. É um fruto utilizado desde há muito tempo e existem vestígios de sementes de uva que datam da Idade da Pedra.
Portugal é um país rico em vinhedos e existe uma grande quantidade de castas que são cultivadas no nosso país. Uma casta é uma variedade de uva; esta define as características do vinho que será produzido a partir delas.
Ao plantar a vinha é necessário utilizar enxertos. No final do século XIX a Europa foi invadida por uma doença provocada por um insecto, a filoxera. Esta doença destruiu muitas vinhas. Ao serem procuradas soluções para esta situação foi descoberto que as videiras americanas são resistentes a este insecto. Por este motivo começaram a ser utilizadas raízes destas videiras com a parte superior da casta desejada para evitar que a videira sucumba a esta doença.
A plantação das videiras inicia-se entre os meses de Janeiro e Março. Mas a videira precisa de ser cuidada. Aqui são incluídos cuidados como a poda, a rega ou a desfolha entre outros. É necessário assegurar que a videira está nas suas melhores condições para que os bagos produzidos tenham como resultado vinhos de qualidade. Também são feitos tratamentos para que as doenças ou pragas mais comuns não destruam as videiras como o míldio e o oídio.
A rega é obviamente um ponto importante no crescimento da videira. É claro que a videira necessita de água. No entanto um excesso de água no solo irá fazer com que esta seja absorvida pela videira e irá levar consequentemente a um crescimento excessivo dos bagos. Isto irá dar origem a mostos pouco concentrados. Aqui é necessário estudar as características do solo e as condições climatéricas para decidir qual é a melhor solução para a vinha.
E é chegada a hora da vindima. O momento em que esta ocorre é determinado pela maturação dos bagos e as condições climatéricas. Quanto mais amadurecido se encontra o bago maior é o teor de açúcar e menor a acidez.

Enxertia
É a operação que tem por fim fixar uma porção de uma planta sobre outra, soldando-se em seguida os tecidos das camadas postas em contacto passando a constituir uma só planta.
A porção de vegetal que se adapta a outra ou que há de alimentá-lo, tem a designação de enxerto e pode ser ou um fragmento de ramo (garfo) ou um fragmento de casca, contendo um olho (borbulha). Contudo, é quase exclusivamente de garfo a enxertia usada para a videira.
A planta ou porção desta que com as suas raízes há-de sustentar o enxerto tem a denominação de cavalo ou porta-enxerto.
Quando se faz uma enxertia fica-se com um complexo constituído por um hipobionte (parte que fica debaixo da terra) e um epibionte (parte que fica acima da terra). Os porta-enxertos que têm boa afinidade são os que suportam bem o garfo e fazem uma boa união cavalo-garfo, de tal modo que a circulação da seiva bruta e da seiva elaborada se faz perfeitamente.

Época da Enxertia
A temperatura mais conveniente é a que anda por volta de 20º a 25º C. É a esta temperatura que há uma grande actividade celular e, tanto o garfo como o cavalo produzem tecidos cicatrizais em abundância e a soldadura torna-se bastante fácil.
Há que ter em conta à humidade, pois que não pode haver lavagem das anxinas (produto cicatrizante) que se formam na zona das feridas.
Assim a época mais conveniente para a enxertia, é variável de acordo com a região onde se realiza.
Nas Beiras, Trás-os-Montes e Minho o mês de Março é o mais conveniente para esta operação. Na região do Sul (Alentejo Litoral, Algarve) as cepas entram mais cedo em actividade, pelo menor rigor do Inverno a enxertia pode ser levada a cabo a partir dos meados de Janeiro. No mês de Fevereiro pode iniciar-se no Ribatejo Litoral e nos fins do mesmo mês nas zonas interiores do Alentejo, Ribatejo e Beira Litoral.

Poda
“A poda consiste na supressão total ou parcial de certos sarmentos, de forma a deixar um número reduzido de olhos, e de porções variáveis de lenho (tronco). Tem por objectivo regularizar o crescimento vegetativo e reprodutivo, de acordo com um dado potencial de crescimento genético e ambiental, de forma a assegurar por um lado, uma produção suficiente de uvas de qualidade e por outro, a perenidade da planta.” (Champagnol 1984)

Objectivos da poda
• Lutar contra a acrotonia (doenças da vinha) a fim de se opor à expansão das varas;
• Limitação do número de olhos, o qual terá uma relação com a capacidade de crescimento da videira, as possibilidades oferecidas pelo meio e o desejo de obter um vigor conveniente;
• Regularização do número e do volume dos bagos a fim de o adaptar às possibilidades fotossintéticas da videira (teor em açúcar “correcto” e reconstituição do depósito de amido);
• Equilibrar a vegetação sobre a videira;
• Garantir a perenidade da planta;
• Dar à videira nos seus primeiros anos uma forma determinada e conserva-la para facilitar todas as operações culturais, fazendo com que a exploração da videira seja económica;
• Que as colheitas anuais sejam regulares e constantes, sem altos e baixos;
• Regularizar a frutificação, fazendo com que os cachos aumentem de tamanho e melhorem a qualidade e amadureçam bem;
• Dentro da forma a dar à cepa, acomodar as suas dimensões e limitar o seu potencial vegetativo, harmonizando-o com as características da variedade explorada e as potencialidades que o meio oferece, para colocá-la nas melhores condições de insolação e arejamento, favorecendo as suas funções capitais, como a fotossíntese, evitando acidentes e doenças;
• Atender a repartição de assimilados, actuando com maior eficácia para conseguir e conservar um equilíbrio biológico da videira;
• Diminuir as perdas de potencial vegetativo ou, excepcionalmente, acentuá-las com prudência consoante desejamos quantidade ou qualidade. A poda assegura uma maior duração da videira ou da vinha atrasando a sua velhice.


Empa
É executada essencialmente para promover o desenvolvimento das duas primeiras varas.
É uma operação complementar também para atrasar a poda para os anos seguintes. As varas das castas brancas, na altura de geadas, são mais quebradiças.
A opção da execução de qualquer dos referidos sistemas deve ter em conta a natureza do crescimento e dos hábitos de frutificação da casta.

Desfolha ou Esfolha
A desfolha, ou eliminação de folhas de videira, é uma operação de muito antigo uso. Tem como objectivo principal permitir um maior arejamento dos bagos assim como a penetração de raios solares.
A desfolha tem que ser executada prudentemente, nunca se deixando ficar os tenros cachos, futuros produtores do vinho, completamente expostos à acção dos dardejantes raios solares e aos perigosos fenómenos meteorológicos, que de um momento para o outro podem causar graves prejuízos. Por consequência, é necessário, sobretudo, que as varas portadoras dos cachos não fiquem completamente "depenadas".

Míldio
O míldio é uma das principais doenças da videira. É provocada por um fungo que ataca todos os órgãos verdes da videira e desenvolve-se em condições climáticas caracterizadas por temperaturas amenas (chuva e humidade relativa elevada). As temperaturas acima dos 30ºC são prejudiciais ao fungo.

Folhas
• Manchas de óleo na página superior das folhas da videira
• Frutificações brancas na página inferior (conidióforos)
• Se as folhas ficaram secas, apresentam-se castanhas e quebradiças
• No Outono, podem surgir manchas necrosadas em mosaico

Cachos
Pó branco a revestir a superfície dos bagos
• Cacho em báculo adquire uma coloração escura e acaba por secar
• Luta cultural:
• Drenagem dos solos com elevada capacidade de retenção de água, para evitar a formação de poças de água.
• Eliminar os órgãos atacados
• Favorecer o arejamento das videiras através dos sistemas de condução e intervenções em verde.

Luta química
Pode ter uma acção preventiva (realizada no exterior da folha), curativa (efectuada no interior da folha) com:

• Fungicidas de contacto (cúpricos; ditiocarbamatos; N-tiotrihalometilos) que actuam no exterior da planta impedindo a infecção antes da contaminação.
• Fungicidas penetrantes (cimoxanil, azoxistrobina; dimetomorfe) que além de possuírem a acção de contacto têm difusão lateral com movimento translaminar.
• Fungicidas sistémicos (fosetil; anilidas; benalaxil, metalaxil, ofurace, oxadicil) que têm uma função anti-esporulante. Além disso, estimulam os meios de defesa da planta.
Oídio
O oídio é provocado por um fungo e os seus efeitos são visíveis nas folhas, nos pâmpanos novos e sobretudo nos cachos. O tempo nublado e o ar com elevada humidade relativa são as condições favoráveis para o desenvolvimento do oídio. Todos os órgãos verdes da videira podem ser infectados.

Folhas

Ligeiro frisado nos bordos
• Pequenas manchas amarelas na página superior e na zona correspondente da página inferior, pequenos riscos que correspondem a células mortas
• Formação de frutificações cinzentas.

Rebentos logo após o abrolhamento• Extremidades do ramo e folhas tornam-se acinzentadas e de aspecto rígido idêntico a uma bandeira hasteada.

Cacho
• Os bagos pequenos encarquilham e secam
• A película endurece
• As células dos bagos maiores atingidas morrem.
• A epiderme não pode crescer e a película rebenta
• O conteúdo do bago fica exposto

Pâmpanos
• Manchas difusas verdes escuras que mais tarde se tornam acastanhadas

Luta cultural
• Deverá ser realizada uma selecção cuidada das castas (se possível escolher aquelas que são mais resistentes ao oídio), porta-enxertos e do sistema de condução a implementar. Além disso, a poda deve permitir o arejamento e exposição à luz e se for necessário deverão ser realizadas intervenções como a desfolha.

Luta química:
• Fungicidas de contacto: inibem a formação de conídios e a formação dos haustórios antes da contaminação.
• Enxofre (na variante molhável ou em pó) e dinocape.
• Sistémicos do tipo IBE (espiroxamida, fenarimol, fenebuconazol, flusilazol, hexaconazol, miclobutanil, penconazol, propiconazol, tebuconazol e tetraconazol).
• Sistémicos estrobilurinas: azoxistrobina, cresoxime-metilo e trifloxistrubina.

Desde a uva até ao vinho

Poderia dizer-se que transformar a uva em vinho é uma arte. A produção de vinho tem acompanhado a história do homem. A sabedoria da tradição associada às novas tecnologias permite hoje em dia produzir em quantidade vinhos de grande qualidade. E assim podemos ter à nossa mesa vinhos pelos quais os nossos sentidos se deixam levar.

Tudo começa com a escolha do terreno e das castas. De seguida vem a vindima, com a recolha dos cachos amadurecidos. O momento da vindima é cuidadosamente escolhido para que o bago possua as características necessárias para o vinho que se pretende.

Depois de terem sido recolhidos e levados até à vinícola, é feito o desengaçamento. O enganço são os pequenos ramos que suportam os bagos do cacho, É necessário separar os bagos do enganço. Após esta operação a uva é transportada para uma prensa. Através de pressão, os bagos são levemente esmagados para que seja extraído o sumo da uva que posteriormente será colocado em tanques de fermentação.

A fermentação é simplesmente o processo através do qual o açúcar do sumo das uvas é transformado em álcool, gás carbónico e energia. Este processo é utilizado na produção de outro tipo de bebidas alcoólicas (como por exemplo a cerveja) mas só é denominado de vinho as bebidas fermentadas fabricadas a partir do sumo de uva, apesar de por vezes serem denominadas de vinho outras bebidas.

O processo de fermentação é o mesmo, mas para obter os diferentes tipos de vinho há que recorrer a diferentes acções. Desta forma é possível obter os vinhos tintos, branco e rosé.
No caso do vinho tinto, a uva é prensada. Não é feita a separação da casca e sementes do sumo resultante. Quanto maior for o período de tempo em que a casca da uva está em contacto com o líquido, mais escuro será o vinho.

O vinho branco poderá ser feito a partir de uvas brancas ou de uvas tintas. No caso de serem utilizadas uvas brancas, o processo será o mesmo que foi mencionado anteriormente. Se for feito a partir de uvas tintas, é necessário fazer a separação das cascas
do sumo de uva antes de o sumo ser colocado nos tanques de fermentação.
Por último, o vinho rosé. Existem duas formas de obter este tipo de vinho. Uma delas é a mistura de vinhos tintos e vinhos brancos. A segunda é a utilização de uvas tintas, sendo a película das uvas retirada quando é alcançada a coloração que se pretende para este vinho.
Após o período de fermentação será feita a filtragem e o vinho ficará em período de envelhecimento (de acordo com o vinho) sendo posteriormente engarrafado e comercializado.

Todos estes processos são controlados. A qualidade do vinho não depende apenas da fermentação. Tudo começa com a escolha de um solo adequado, a localização geográfica e as condições climatéricas e a escolha das castas. Estes pontos são determinantes para as características do vinho. Depois um controlo apertado de todos os passos da produção do vinho irá assegurar que o produto final entregue ao apreciador e consumidor de vinho é de facto um produto de qualidade.


Vinho e Gastronomia


Os exemplos que seguidamente se apresentam, devem ser encarados como sugestões, tradicionalmente aceites mas, de modo algum obrigatórias:

Comidas ácidas (temperadas com vinagre ou limão)
Pedem de um vinho com um acídulo acentuado, de forma a não se tornar insípido;
Comidas salgadas e/ou comidas doces(com molhos doces, ou frutas como a ameixa ou a tâmara) Haverá vantagem em ser servido um vinho ligeiramente doce, frutado com sabor à casta;
Comidas temperadas(com ervas, aromas, especiarias e gordura)
Quanto mais temperadas e elaboradas forem as iguarias, mais encorpados, macios, velhos e aromáticos deverão ser os vinhos, para que não sejam nunca "apagados" pelo sabor dos cozinhados.
Por outro lado, as iguarias com muita gordura combinam com um vinho onde se note a sua adstringência;
Carnes
As carnes vermelhas necessitam de vinhos tintos encorpados, com "bouquet", enquanto que as brancas irão melhor com vinhos mais leves, mais jovens e menos carregados de aroma e sabor
Excepção - O leitão assado no forno deverá sempre ter um espumante natural a acompanhá-lo;
Caça
Combina com vinho tinto velho, aveludado, com um bom "bouquet";
Peixes Os peixes cozidos ou grelhados, são beneficiados quando acompanhado por um vinho branco, um pouco acídulo, leve, frutado e vivo, ao passo que, quando cozinhados no forno deverão ser servidos com vinho branco mais seco, encorpado e capitoso.
Excepções: Com a sardinha assada e o bacalhau, vai bem um vinho tinto, encorpado e de preferência com alguma adstringência;
Mariscos
Quando cozidos, vão bem com vinho branco leve, acídulo ou com vinho verde branco, mas quando gratinados ou cozinhados com gordura, ervas aromáticas, especiarias ou natas, requerem um vinho branco seco, menos acídulo e menos jovem;
Doçaria Acompanha bem com um vinho licoroso doce ou meio doce, conforme a sobremesa tenha mais ou menos açúcar na sua confecção, ou com um espumante doce;
Os espumantes vão bem com tudo - Está na moda, começar e acabar uma refeição sempre na mesma companhia: O espumante natural.
Como aperitivo, o melhor é aquele que nos possa estimular o apetite para a refeição. Poderá ser um espumante bruto, um Madeira seco, um Porto branco seco ou, porque não, um vinho branco fresco e frutado, com o qual iremos continuar durante a refeição, até ao prato de carne.
O que nunca deverá ser servido como aperitivo, são os cocktails, pois estes deixarão o palato incapaz de apreciar os vinhos que venham a ser servidos posteriormente com a refeição.
Como digestivo e para terminar a refeição deverá servir-se uma aguardente vínica ou bagaceira.

Vinho como terapia

O conceito, novo no país, consiste num tratamento à base de extractos de uva, vinhos e óleos derivados, que ajudam a relaxar e têm um efeito antioxidante.

sábado, 9 de maio de 2009

A HISTÓRIA DA OLIVEIRA

A oliveira é conhecida especificamente como Olea europaea, família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas, da parte oriental, do Mar Mediterrâneo. Os seus frutos, das azeitonas os homens aprenderam a extrair o azeite. Este era empregado como, combustível ou na alimentação. O homem começou a explorar o comercio do azeite oliva, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos Minóicos, associavam a árvore à força e à vida. Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes na Palestina (ou para alguns de Israel) nos dias actuais devam ter mais de 2500 anos de idade.
Descrição botânica
Origem
A oliveira brava (zambujeiro) existe numa área geograficamente separada; tem uma ocorrência natural vasta em zonas não ligadas entre si: área mediterrânea, médio oriente e África do sul. Daí é também bastante diversa a área das actuais variedades culturais.
Raiz
As raízes poderosas e compridas da Oliveira podem chegar a uma profundidade de 6 metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

Tronco

A madeira é de crescimento lento, chega aos 20 metros de altura. As oliveiras em olivais são podadas para se manterem pequenas de forma que a colheita das azeitonas seja facilitada. A oliveira necessita de muito tempo para crescer mas, no entanto, pode viver muitas centenas de anos. O exemplar mais antigo que se conhece, em Itália, tem 1700 anos, tal como um exemplar em Israel. A oliveira mais antiga da Europa considera-se que seja uma com cerca de 2000 anos perto da localidade montenegrina de Bar.

Folha

A oliveira é uma planta de folha perene, o que significa que nunca perde totalmente a sua folha; em vez disso, as folhas mais velhas vão caindo ao longo do ano. As folhas pequenas, simples e luzidias são verde acinzentadas na frente e de um cinzento prateado e brilhante por trás. Estas são estreitas, pontiagudas e simples. Na parte de trás têm pequenos pelos, que protegem a árvore da desidratação recapturando a água e conduzindo-a de novo para as folhas.
Rebentos e flores
Dependendo da área em que se encontram, as oliveiras florescem entre o fim de Abril e o princípio de Junho; em cada fluorescência encontram-se entre 10 e 40 flores. As flores brancas ou amarelas são hermafroditas, mas podem no entanto ser funcionalmente monos sexuadas. A flor compõe-se de 4 sé palas e 3 pétalas crescidas. Sendo sujeita a falta de água ou de nutrientes cerca de 6 semanas antes da flor, a colheita é reduzida uma vez que o número de flores é reduzido e estas não produzirão fruto. A maioria das espécies polinizam-se a si próprias, apesar da polinização à distância produzir rendimentos maiores. Outros tipos exigem a polinização à distância e necessitam do pólen de um exemplar diferente. As flores são polinizadas pelo vento.

Fruto

A partir da flor forma-se, depois da polinização, o fruto: a azeitona. É um fruto com caroço, tendo um caroço revestido de polpa mole. A cor da azeitona antes de estar madura é verde e depois de estar madura torna-se preta ou violeta - acastanhada. A árvore atinge o ponto de produção óptimo com cerca de 20 anos. A composição média de uma azeitona é: água (50%), azeite (22%), açúcar (19%), celulose (5,8%) e proteínas (1,6%).

Ecologia

A oliveira é um elemento importante da vegetação mediterrânea e da agricultura desta região. A oliveira vive no clima mediterrânico, com temperaturas médias anuais entre os 15 e os 20º centígrados entre 500 e 700 milímetros de precipitação, sendo necessários, no mínimo, 200 milímetros.

Fertilização
O azoto é um dos nutrientes que mais frequentemente condiciona a produção da oliveira (Olea europaea L.), considerando alguns autores que a sua aplicação pode alterar a qualidade do azeite. Os resultados encontrados, que estão de acordo com os obtidos em cultivos de regiões distintas do país, este não entrevem na qualidade do azeite não são influenciados pela fertilização azotada.

Sistematização

A espécie Olea europeaea divide-se em diversas sub-espécies: Olea europaea sub-esp. europaea: A origem das oliveiras genuínas é toda a área mediterrânica e as Canárias. Desta variedade foram criadas todas as outras. A partir desta variedade é escrito o resto do artigo. Olea europaea sub-esp. Africana é uma árvore com entre 9 e 12 metros de altura que está espalhada pela África, Madagáscar, Arábia, Índia e até China. Os frutos, de doces a amargos, são apreciados por pessoas e animais. Pode fazer-se chá das folhas e dos frutos faz-se um pigmento. A madeira dura e castanho - dourada é usada para fazer mobílias e objectos de arte. Os produtos desta espécie são também utilizados como mezinha para as doenças renais. O seu cultivo é possível mesmo em áreas muito secas.

SintomatologiaAs larvas destroem a polpa da azeitona, a qual cai com facilidade, seca e apodrece. O azeite produzido com estas azeitonas é de má qualidade e tem acidez elevada. As feridas provocadas nos frutos são uma porta de entrada para a gafa nas infecções outonais. A azeitona para conserva torna-se imprópria.


Receita para 4 pessoas

INGREDIENTES
:
4 postas de bacalhau
0,5kg batatas
1k de couve branca
3dl de azeite
3dl de vinagre
Sal q.b

PREPARAÇÃO
:
Num tacho cozer a couve com as batatas e o sal,
Noutro recipiente cozer o bacalhau,
Quando todos os ingredientes estiverem cozidos são escorridos.
Servir quente e regar com azeite e vinagre.

Obs. Este é um prato tradicional, da região centro.
Trabalho Elaborado Por:

Cristina Almeida
Maria Sílvia Moreira

A agricultura

ORIGEM E HISTÓRIA

O Melão é originário da África Central, com vários centros de diversificação secundários, tais como a Turquia, Arábia Saudita, Irão, Rússia, Índia e mesmo a Península Ibérica. A partir da África Central, o melão disseminou-se pelo Médio Oriente e pela Ásia Central. Esta cultura era cultivada pelos Egipcíos desde 2000 a 2700 a.C., assim como na Mesopotânia, e por volta de 1000 a.C. no Irão e na Índia. A cultura de melões foi introduzida na Europa pelos romanos mas não era muito apreciada, estando ausente da dieta medieval em toda a Europa à excepção da Península Ibérica onde foi introduzida e mantida pelos Árabes. No séc. XV um tipo de melão trazido da Arménia foi difundido pela Europa.
O melão foi introduzido na América no séc. XV. Por Colombo. Era considerado um produto de luxo nos anos 1950 na Europa, tendo o seu consumo e a sua produção desenvolvido de forma significativa desde a década de 1960 com a melhoria das técnicas culturais e o aparecimento de novas cultivares.

DESCRIÇÃO
Planta herbácea, anual, com sistema radicular aprumado. Os caules do meloeiro podem ter crescimento postrante ou trepador devido à presença de gavinhas, têm consistência herbácea, são de cor verde claro a verde médio e têm forma circular. As folhas são inteiras, lobuladas, subcordadas e pubescentes. A maioria das cultivares possui flores masculinas e flores hermafroditas na mesma planta. As flores masculinas dos melões formam-se em grupos de 3 a 5 flores no mesmo nó enquanto que as flores femininas encontram-se solitárias no nó. A corola é constituída por 5 pétalas de cor amarela soldadas na base. As flores abrem apenas uma vez de manhã. O fruto é de forma variável (redondo, oval ou alongado), com cerca de 20 e 25 cm de diâmetro, a casca pode ser lisa, enrugada ou apresentando nervuras em forma de rede, e a cor varia desde o verde ao amarelo. A sua polpa também varia segundo o tipo de cultivar, havendo melões amarelados, esverdeados e esbranquiçados.
SEMENTEIRA
Geralmente, em Portugal, os meloeiros devem semear-se de Março a Maio .onde com certa antecedência, se enterrou estrume em grande abundância. As sementes de melão germinam lentamente à temperatura de 15Cº, sendo esta considerada a temperatura mínima do solo para uma boa germinação. As temperaturas óptimas para germinação de sementes de melões situam-se entre os 24 a 35 Cº.
TRANPLANTAÇÃO
O Meloeiro é uma planta sensível à crise de transplantação, pelo que deve ser transplantada com raíz protegida. Deve ser efectuada quando a planta apresenta 2 folhas verdadeiras e com a 3.ª folha a começar a despontar.
LUZ
Boa luminosidade. Necessita de irradiância abundante na fase da maturação.

TEMPERATURA

Cultura megatérmica. As temperaturas óptimas para o seu desenvolvimento vegetativo situam-se entre os 18-24 Cº
HUMIDADE RELATIVA
A humidade relativa óptima durante o crescimento vegetativo é de 65 a 75%.
SOLOS
O melão prefere solos profundos, ricos em matéria orgânica, bem estruturados, arejados e bem drenados. A cultura de melões é moderadamente tolerante à salinidade. O pH óptimo situa-se entre os 6,0 e 7,0. O meloeiro é sensível a solos ácidos.
RESISTÊNCIA
Cultura sensível às geadas.
REGA
Deve-se evitar regas excessivas. Regar bem na fase vingamento e crescimento dos frutos. Cultura relativamente resistente à seca, mas necessita, para uma boa produção e de qualidade, de regas regulares. Em solos com fraco arejamento
ADUBAÇÃO
A cultura de melões é exigente em azoto, potássio e cálcio. É uma cultura sensível à carência de cálcio, magnésio e molibdénio, em solos ácidos. A aplicação de fertilizante deve ser repartida, na instalação da cultura (em fundo), no início da floração dos meloeiros e quando os frutos atinjam metade do seu tamanho final.
PODA
A poda tem como principal objectivo garantir o calibre e a qualidade da produção. O tipo de poda depende das características da frutificação, do vigor das plantas e do sistema cultural, que pode ser de condução rasteira ou em altura.
PRAGAS E DOENÇAS
Ácaros, afídeos, alfinete, larvas mineiras, mosca branca, nóctuas, roscas, tripes, nematodes, scutigerela, alternária, antracnose, cladosporiose, cancro gomoso, fusariose, míldio, oídio, pé negro, podridão cinzenta, podridão do colo, verticilose
COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Colher quando os frutos estiverem maduros, verificando a maturação pela alteração da cor, aroma, aparecimento de uma ferida na região peduncular, pelo aumento da elasticidade dos tecidos da zona pistilar ou em certas cultivares pela secagem da folha proxima do fruto. Para verificar que o melão está em boas condições de consumo e está maduro deve apresentar as seguintes características: quando comprimido nas extremidades, deve ceder levemente, as suas sementes devem estar soltas (sacuda o melão e veja se faz ruído), a casca deve apresentar-se bem firme, ter cor forte e não apresentar rachaduras, partes moles ou perfurações de insectos, deve apresentar aroma suave e agradável. O melão deve ser conservado em lugar fresco e arejado. Caso o fruto esteja aberto, deve-se cobrir com plástico ou papel de alumínio para que não absorva os odores de outros alimentos e guardá-lo no frigorífico Para apressar o amadurecimento do melão, envolva a fruta numa folha de jornal por 1 ou 2 dias.
UTILIZAÇÃO
O melão é um fruto caracterizado pela sua doçura e aroma, sendo consumido principalmente em fresco podendo também ser consumido em saladas enlatadas. As suas sementes, tostadas e salgadas, também podem ser consumidas. O melão tem propriedades refrescantes e hidratantes pois a fruta é cosntituída por 90% de água, por isso mesmo, é ideal para as épocas de muito calor. Contém vitaminas A, C e E, além de alguns sais minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma fruta óptima para regimes de emagrecimento.

COMPOSIÇÃO

Cada 100 gramas de melão (Cucumis melo) contém:
o Calorias - 31kcal
o Proteínas - 0,85g
o Gorduras - 0,15g
o Vitamina A - 2800 U.l.
o Vitamina B1 (Tiamina) - 30 mcg
o Vitamina B2 (Riboflavina) - 20 mcg
o Vitamina B5 (Niacina) - 0,55 mg
o Vitamina C
o Ferro - 0,4 mg
OUTROS USOS
O melão é bom como calmante, diurético e laxante. É também recomendado nos casos de gota, reumatismo, artrite, obesidade, colite, prisão de ventre, afecções renais, nefrite, cistite e corrimento das mulheres.


Trabalho realizado por:
Ana Maria Pires
Lisete Antunes

Diversidade Agrária Regional

Nome Cientifico: Allium Sativum L.
Nome comum: Alho
Família: Liliaceas



Origem/ História:
As origens do alho remontam a cerca de 6.000 anos ou mais, a maioria dos estudos indicam a Ásia como local de origem, para alguns povos, o alho era um elemento quase tão importante quanto o sol.
Cultura em Portugal:
O nosso pais não é auto-suficiente na cultura, realizando importações anuais, principalmente da argentina, para abastecer o mercado interno.

Características Botânicas
Classificação do Alho:

O alho é um vegetal que se caracteriza por um bolbo arredondado, conhecido como cabeça, composto por 10 ou 12 dentes, envolvidos por uma casca, que pode ser branca, rosada ou roxa.
Raiz:
São fasciculadas.
Caule:
Está localizado abaixo da superfície do solo, situado no meio dos chamados dentes do bolbo.
Folhas:
São longas e achatadas.
Fruto:
São os dentes do alho que no ano seguinte plantados irão dar origem a novos alhos.
Exigências da Cultura
Clima:
No que diz respeito as condições climáticas, o alho é uma cultura de clima frio, suportando baixas temperaturas, sendo inclusive, resistente às geadas.
Solo:
Quanto ao tipo de solo, a planta do alho necessita de solos leves, rico em matéria orgânica, para o bom desenvolvimento da planta.
Outros Aspectos:
Características do Alho - O que mais se destaca na composição nutricional do alho, é o alto teor em metais antioxidantes, como por exemplo o zinco. No organismo humano, estes nutrientes estão envolvidos no funcionamento do sistema imunitário.
Colheita - È feita no fim de Julho, arranca-se a planta quando esta apresenta no fim do ciclo, 3 ou 4 folhas verdes e as demais secas.
Após colheita – Os bolbos devem secar ao sol, por 3 ou 4 dias, para o armazenamento deve-se cortar as folhas e as raízes.
Propriedades do Alho – Na prevenção de doenças, o alho também tem merecido destaque. Mostrou que as regiões que usam regularmente o alho, tem menores índices de mortalidade em relação às regiões que não o utilizam na alimentação.
Principais benefícios do consumo regular de alho:
• Aumenta a longevidade
• Reduz os riscos de enfarte
• Favorece o bom funcionamento do sistema imunológico
• Reduz a glicose sanguínea
• Reduz o colesterol LDL (ruim)
• Aumenta o colesterol HDL (bom)
• Combate bactérias e vírus
• Previne o cancro
• Melhora a qualidade de vida


Técnicas de Maior Interesse
Rotações
:
Deve-se mudar de solo, não semeando no mesmo sítio do ano anterior.
Sementeira:
A sementeira do alho é feita em Novembro ou Dezembro, prepara-se a terra para semear os alhos, deve-se separar os dentes do bolbo, enterrando-os a uma profundidade de cerca de 6cm, com a extremidade em bico voltado para cima. São semeados ás fileiras com intervalos de 15cm entre uma planta e a outra, os dentes do alho demoram cerca de 7 dias a sair da terra.

Produção
Fins a que se destina a produção:
O alho é um dos mais versáteis sabores da culinária na cozinha portuguesa, o alho seduz não só pelo seu sabor e aroma, como pelo seu poder na cura de alguns males que afectam a nossa saúde.

Receita Culinária

- Arroz de Alho

Ingredientes:
• 1 Colher de Sopa de Azeite
• 2 Dentes de Alho
• 1 Copo de Arroz
• 2 Copos de Água
• Sal a gosto
• Orégãos

Preparação:
Põe-se o tacho ao lume com o azeite e o alho. Quando estiver a começar a ferver, deita-se o copo de arroz, o sal e mexe-se tudo, deixando fritar um pouco o arroz. De seguida deita-se a água, e vai-se mexendo. Deixe cozer em lume brando, juntando-lhe os orégãos.
Trabalho Elaborado Por:
Rosália Job
Eufémia Alves

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Diversidade Agrária Regional

Nome comum: Cebola

Nome Cientifico: Allium Cefa L.
Família: Liliaceas

Origem/ História:
Tem como provável origem a Ásia Central, tendo atingido, mais tarde, África e Europa. Foi trazida para a América pelos primeiros colonos. No Brasil foi plantada inicialmente no Rio Grande do Sul, sendo hoje cultivada desde o Nordeste até ao extremo Sul do país.

Características Botânicas
Classificação da Cebola:


A cebola é um vegetal, em forma de bolbo, sendo utilizado como condimento culinário.
Raiz:
São fasciculadas, e raramente alcançam mais de 15cm de profundidade.
Caule:
Está localizado abaixo da superfície do solo e é composto por um disco achatado (prato) situado na extremidade inferior do bolbo (junto da raiz).
Folhas:
Estas apresentam disposição alternada formando duas fileiras ao longo do caule nas quais as folhas se inserem, projectam-se acima da superfície do solo.
Fruto:
É a própria cebola, que quando tiver talos é enterrada deixando só os talos defora, a altura dos talos em geral varia de 0,5 a 1,5m, esta forma uma flor no cimo que é onde vai criar as sementes.
Exigências da Cultura
Clima:
A cebola é exigente em relação do dia. As temperaturas mais favoráveis variam dos 15°C aos 25°C. As chuvas na época da colheita são muito prejudiciais a essa cultura.
Solo:
O melhor é o de textura média, rico em matéria orgânica, que não seja argilosa, o que dificulta o crescimento dos bolbos.
Outros Aspectos:
Tratos Culturais - A rega, se necessário deve ser menor e mais frequente, de maneira que não haja falta nem excesso de humidade. Perto da colheita, a rega deve ser suspensa para que se processe a maturação de forma adequada.

Pragas e Doenças - A principal praga da cebola é o tripes, ou piolho. Em algumas regiões, a lagarta do milho também ataca a cebola, mas a mais prejudicial é o Mildio.
Curiosidade – Quando as folhas começam a secar, pisam-se, de maneira a ficarem todas tombadas para que o bolbo engrosse mais.
Colheita – Esta deve ser feita quando a cebola apresenta a rama amarelada. Normalmente é feita no final de Agosto. Depois de colhidas as plantas devem ficar no terreno para perderem o excesso de humidade.

Técnicas de Maior Interesse
Rotações:
A plantação deve-se variar ano para ano, não plantando no mesmo sítio do ano anterior.
Sementeira:
Faz-se em Janeiro, prepara-se a terra, espalham-se as sementes e tapam-se de seguida. Para nascer mais depressa, pode-se fazer uma pequena estufa, também para proteger das geadas.
Plantio:
Normalmente, é feito em Maio no tempo das plantações, com pequenos bolbos (cebolo) cultivados nas sementeiras.
Adubação:
Ou adição de matéria orgânica é feita antes do plantio.

Produção
Fins a que se destina a produção:
Destina-se ao mercado, para consumo culinário e medicinal tais como:
• Cancro
• Ulcera
• Infecções
• Doenças respiratórias em geral
• Diabetes
• Alergias, etc.

Receita Culinária

- Caldeirada de Peixe

Ingredientes:
• 3 Cebolas
• 800g de Batatas
• 4 Tomates
• 1 Pimento
• 1dl de Azeite
• 1,5kg de vários tipos de Peixe
• 1 Ramo de Salsa
• 1 Folha de Louro
• 2 Dentes de Alho
• Sal e pimenta a gosto

Preparação:
Corte as cebolas em rodelas e introduza-as no fundo de um tacho de barro. Descasque e corte as batatas também em rodelas. Disponha-as sobre as cebolas. Sobre as batatas coloque os tomates em rodelas e pimento verde em tiras. Tempere com sal e pimenta e regue com azeite, tape e leve a lume forte. Assim que levantar fervura, reduza para o mínimo e deixe cozer. Enquanto isso, lave em água corrente os vários tipos de peixe preparados para caldeirada. Quando as batatas estiverem quase cozidas, introduza os peixes no tacho. Junte ainda o ramo de salsa, a folha de louro, os dentes de alho picados e deixe cozer, agitando o tacho de vez em quando.


Resumindo e concluindo: O Alho e a Cebola são fundamentais para um bom tempero.



Trabalho Elaborado Por:
Rosália Job
Eufémia Alves

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A agricultura

Abóbora



ORIGEM E A HISTÓRIA
Todas as espécies cultivadas do género Cucurbita, no qual se incluem as abóboras e aboborinhas, tiveram origem na América, encontrando-se entre as espécies de domesticação mais antigas naquele continente. A maioria das espécies do género teve origem no México e a sua domesticação ocorreu, de forma independente, neste país e na região Este dos E.U.A. Esta espécie era um ingrediente fundamental da alimentação dos Maias, há dez mil anos, sendo mais tarde introduzida na Europa.
Este vegetal possui elevado valor nutritivo contendo grande quantidade de vitamina A, fundamental para uma boa visão, saúde da pele e mucosas, evitando infecções, mas também auxilia o crescimento.
Contém ainda uma vitamina B cujo função é evitar problemas de pele, do aparelho digestivo, do sistema nervoso e reumatismo.
Possui sais minerais como cálcio e fósforo, essenciais na formação dos ossos e dentes, músculos, coagulação do sangue e transmissão de impulsos nervosos.
A abóbora é indicada para pessoas de todas as idades por ser de fácil digestão. É também um laxante suave e um diurético, e é aconselhado na recuperação de doenças agudas do aparelho digestivo, especialmente inflamação dos intestinos. A abóbora contém três das substâncias vegetais de maior acção anti-cancerígena comprovada: vitamina C e fibra vegetal. Não é fácil encontrar num só alimento estes três factores de grande eficácia preventiva contra o cancro.
Outro elemento interessante neste legume é a sua flor, muito apreciada no México. Possui um delicado sabor e, do ponto de vista nutritivo, oferece fibra vegetal e uma pequena quantidade de hidratos de carbono.
É particularmente rica : em vitamina A , substâncias de poderosa acção antioxidante que desempenham funções muito importantes na prevenção da arteriosclerose e do cancro.



FAMÍLIA
A abobrinha, ou courgette (Cucurbita pepo L.) é um fruto pertencente à família cucurbitáceas, assim como a melancia, o melão, o pepino e a moranga. Pertence ainda ao género das abóboras e costuma-se colher ainda verde.
Originou-se no continente americano, do Peru até sul dos vitaminas do complexo B e possui poucas calorias.

Curcubitacea é uma família de plantas de haste rastejante, frequentemente com que reúne cerca de 750 espécies entre as quais várias domesticadas e de grande importância para o homem tais como abóbora, melão, melancia, bucha, abobrinha, pepino, etc.
A maioria das plantas desta família morrem depois de se reproduzirem.
Para a botânica é a categoria de maior importância. Quando está interessado em classificar um material botânico procura-se conhecer a sua família. O nome da família é constituído pelo radical do nome do gênero de maior representatividade de espécies da família a que pertence.

RAÍZ, CAULE, FOLHA E FRUTO
Raiz, absorve sais minerais dissolvidos em água, constituindo a seiva bruta.
Caule, conduz a seiva bruta para todas as partes do vegetal.
Folhas, realiza-se a fotossíntese, pela qual a seiva bruta é transformada em seiva elaborada, que é o verdadeiro alimento dos vegetais.
A planta elimina água em forma de gotículas. Esta função denomina-se sudação, e também elimina água em forma de vapor, chamado de transpiração.
Flores, órgãos sexuais das plantas, e por meio deles que se originam os frutos e as sementes.



CLIMA E SOLO
As abóboras são plantas de clima quente, preferindo temperaturas de 20 a 27°C, e não resistem a temperaturas abaixo de 10°C. adaptam-se a vários tipos de solos, mas preferem os de textura média, bem drenados, leves e de boa fertilidade. O pH varia entre 5,8 e 6,8. Temperaturas amenas e dias curtos estimulam o desenvolvimento de maior número de flores femininas.

desenvolve-se bem nas épocas quentes (temperatura na faixa de 20 a 35ºC). O calor excessivo queima os frutos e o frio prejudica a germinação de sementes e o crescimento da planta
abóbora - menina é comercializada ainda verde , com 25cm de comprimento (cerca de 380g de peso). A colheita inicia-se aos 75 dias até a maturação dos frutos.

Características da planta: caule rastejante, e raízes adventícias. Apresenta folha, de coloração verde-escura e com áreas prateadas. O produto de importância económica são os frutos, que podem ultrapassar 50 cm de comprimento e, dependendo da variedade, apresentam formato achatado, alongado. Podem ser consumidos verdes ou maduros.
Características da Flor: apresenta flores masculinas e femininas separadamente de tamanho relativamente grande e coloração amarelo. As flores femininas possuem o ovário bem destacado, antecipando o formato do fruto.
Armazenamento: Os frutos podem ser guardados em armazens arejados, por tempo determinado, até sua comercialização.
Detalhes:
• Não aplicar defensivos no período da manhã para não prejudicar a actividade dos insectos polinizadores, principalmente, as abelhas.
• Irrigar um dia antes da sementeira e 1 a 2 vezes/semana até o início da maturação dos frutos. Por infiltração: os sulcos devem ser preparados com declividade de 0,2 a 0,5%. Por aspersão: evitar o período da manhã durante o florescimento, para não molhar e inviabilizar o pólen.
• Iniciar entre 90 e 120 dias o plantio, para as abóboras híbridas, e entre 120 a 150 dias para as demais.


POSSIVEIS RECEITAS ALIMENTARES
Sopas
Ingrediente Principal: Abóbora

Abóbora: 900 gr
Manteiga: 50 gr
Cebola: 1
Batata: 4
Alho: 1 dente
Caldo de legumes: 3 chávenas de chá
Sal: q.b.
Pimenta preta: q.b.
Estragão: Alguns galhos
Leite: 2,5 chávenas de chá
Limão: 1 colher de chá
Nata: q.b.
Preparação
Derrete-se a manteiga num tacho. Junta-se uma cebola grande, cortada às rodelas, e deixa-se cozinhar até ficar macia. Junta-se a abóbora, descascada e cortada em cubinhos, as batatas e o alho. Tapa-se e cozinha-se até a abóbora ficar macia. Se necessário, junta-se um pouco de caldo. Uma vez a abóbora cozida, deita-se o caldo no tacho, tempera-se e junta-se o estragão fresco. Deixa-se ferver e cozinha-se mais dez minutos. Tira-se do lume, deixa-se arrefecer e reduz-se a puré.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A Agricultura

BRASSICA OLERACEA VAR.CAPITATA


BRASSICA OLERACEA VAR. CAPITATA L.

O repolho. Brassica oleracea, grupo Capitata, é uma variedade peculiar de couve, constituindo um dos vegetais mais utilizados na cozinha, em diversas aplicações (sopas, conservas, acompanhamentos, massas, etc.). É uma planta bianual, herbácea, da família das Brassicaceae ou crucíferas, as folhas superiores do caule aparecem encaixadas umas nas outras, formando o que é designado como uma "cabeça" compacta (daí o título de Capitata, dada ao grupo cultivar).
Este tipo de cultivo formou-se por selecção a partir de espécies silvestres, mais semelhantes às couves-de-folhas do grupo Acephala (sem "cabeça"), originárias do Mediterrâneo, cerca do ano 100 d.C. Entre as variedades que, por sua vez, comporta, podemos citar a couve-roxa (considerada também como fazendo parte de outro grupo: Capitata Rubra) e a couve-lombarda (que também se pode considerar do grupo Sabauda). A chamada couve-chinesa, semelhante ao repolho, pertence a uma espécie diferente, do género Brassica (Brassica rapa, var. pekinensis).
O repolho é usado cozinhado ou em saladas. Como se conservava facilmente, foi um vegetal particularmente utilizado antes da invenção da refrigeração como meio de conversação de alimentos fresco.
O sumo da couve-roxa (ou o caldo onde foi cozida) pode ser utilizado como indicador de pH, ficando vermelho em soluções ácidas e azul em soluções alcalinas.
A couve é ainda usada frequentemente como principal ingrediente em dietas de emagrecimento, como a dieta da sopa que é, contudo, criticada pelos nutricionistas por ser desequilibrada.

Existem diversas variedades, com exigências de cultivo diferentes, tempo de maturação diferentes e que implicam também um consumo diferenciado. Enquanto algumas variedades atingem o ponto de colheita em 50 dias, produzindo cabeças reduzidas, a sua conservação é mais difícil, devendo ser consumidas rapidamente depois de colhidas. Outras variedades são colhidas cerca de 80 dias depois do seu transplante, produzindo cabeças de maiores dimensões e mais duradouras.

O repolho pode ser semeado directamente, ainda que o normal seja o plantio em canteiros, fazendo-se, posteriormente, mudas que são transplantadas definitivamente, com o devido espaçamento entre as plantas, para que se possam desenvolver de forma adequada.
O controlo de pragas (míldio, mosca-branca, lagartas, nóctuas e roscas) é importante, principalmente em caso de produção para venda posterior, já que os consumidores evitam as folhas danificadas.

Doenças

• Míldio (Peronospora parasitica)
• Potra ou hérnia da couve (Plasmodiophora brassicae)

Pragas
• Lagarta da couve (Pieris rapae,Tricholousia ni e Plutella xylostella)
• Rosca (Mamestra brassicae)
• Mosca da couve (Delia radicum)

Polinização
A maior parte das variedades da espécie Brassica oleracea são auto-incompatíveis: o pólen de cada planta é viável, mas ele só pode fecundar as flores de uma outra planta. Os insectos são os vectores das polinizações. A fim de conservar a pureza das variedades, é aconselhável isolar de um quilómetro duas variedades da espécie Brassica oleracea, qualquer que seja o tipo: couve-flor, couve-vermelha, couve-de-bruxelas, etc. Possível também, praticar um cultivo em gaiola, por alternância.

Quando duas variedades da espécie Brassica oleracea são cultivadas em gaiolas cobertas com véu, cada uma das variedades é colocada em polinização aberta (sem as gaiolas), um dia em cada dois, para que os insetos polinizadores possam fecundar livremente as flores. Entretanto, algumas variedades de couve-flor de verão, são auto-compatíveis. As porta-sementes dessas variedades podem então ficar em sob o véu. É aconselhável plantar um mínimo de 6 plantas porta-sementes por variedade, uma vintena sendo o ideal, a fim de garantir uma boa diversidade genética.

Produção de sementes
O fruto de Brassica oleracea é uma síliqua sem pêlos. Cada síliqua contém de 10 a 30 sementes. As maiorias das variedades de couve são bianuais. Entretanto existem variedades muito precoces de couve-brócolis de primavera que podem ser conduzidas como anuais. Nas regiões de clima muito doce, as couves podem ser semeadas por volta do final do verão e permanecer na terra durante o inverno.
Nas regiões com clima rigoroso, é aconselhável arrancar as couves cuidadosamente da terra com a aproximação das fortes geadas e hiberná-las, enterrando as raízes em areia ou em serragem de madeira, húmidas. O coração das couves também pode ser protegido por papel jornal. Couve-brócolis "Calabrese" As couves-pomos vão se conservar de dois a quatro meses em uma temperatura de alguns graus abaixo de 0°C e uma humidade relativa de 90-95 %. Elas são transplantadas na primavera quando a terra é trabalhável e que os riscos de geada passaram. Nós pudemos notar que essa transferência gera um certo stress e que muitas plantas não sobrevivem.




Um certo número de outras plantas tem dificuldade a se recuperar e não conseguem resistir aos pulgões da primavera. Deve-se cuidar primeiramente para que as plantas não sejam muito desenvolvidas com a aproximação do inverno e em segundo lugar para que as plantas porta-sementes não partam muito cedo à floração por causa de um esquentamento do inverno. Uma floração muito precoce é fadada ao prejuízo, na maior parte do tempo, por causa de geadas subsequentes muito fortes. Então é aconselhável, nessas condições, cortar as hastes florais a fim de que uma floração realmente fecunda possa emergir por volta do final do Inverno.

O Mercado Português das Couves
Couve é o nome vulgar, genérico, das diversas variedades da espécie Brassica oleracea L., pertencentes à família das Crucíferas.
A nível mundial, a sua produção é liderada pela China, com quase 50% do total, ocupando a Índia o segundo lugar com uma importância de 9%. A União Europeia tem uma quota na produção mundial de 7% e a Federação Russa de 6%.

Em Portugal, as couves cultivam-se por todo o país, não sendo exigentes em solos e produzem melhor em solos de pH neutro e em climas amenos e temperados. No entanto, as áreas de mercado mais representativas são o Oeste, Póvoa do Varzim-Esposende e Aveiro. No total, ocupam uma área cultivada de cerca de 10.000 hectares, sendo que a couve lombarda e a couve repolho representam quase 50% da área total.

Às tradicionais couves lombardas, penca, portuguesa, roxa, flor, tronchuda, repolho, brócolos e nabo (cabeça e grelo), juntaram-se recentemente a couve chinesa, que, embora com pouca procura, se vão impondo ao paladar português.

A importância desta família de hortaliças reside no seu conteúdo em compostos de enxofre, considerados como potentes antioxidantes que ajudam a prevenir doenças.
São muito nutritivas pela sua riqueza em vitaminas e minerais, como cálcio e magnésio. O seu alto teor em água faz com que sejam alimentos com baixo aporte calórico. Também abundam na sua constituição os hidratos de carbono e as fibras, seguidos de uma menor proporção em proteínas e gorduras.

Na culinária, são frequentemente utilizadas em sopas, cozidas, em saladas como guarnição em conserva, como é o caso do Chucrute.

As couves têm normalização obrigatória, mas nem sempre estão de acordo com as suas regras, nomeadamente no que diz respeito à embalagem, calibragem e apresentação, o que as desvaloriza quando confrontadas com igual produto vindo da União Europeia.

No mercado do Porto, a couve Penca ocupa um lugar primordial em termos de procura e volumes transaccionados, o mesmo acontecendo nos mercados do Sul com a congénere couve portuguesa.

A comercialização das couves, em geral, é feita por operadores comerciais e Organizações de Produtores, que colocam o produto junto de junto das cadeias de pequena e média dimensão. São também de considerar as transacções realizadas junto de grossistas e camionistas com actividade nos mercados abastecedores, bem como as efectuadas em mercados regionais.

O saldo da balança comercial no conjunto de todas as couves é positivo. Os principais compradores são a Alemanha (30%), a Espanha (28%) e o Reino Unido (23%) e a França (8%). Quanto à couve-flor e aos brócolos, o saldo comercial é altamente negativo, sendo importados principalmente da Espanha e Alemanha.

Relativamente à couve-de-bruxelas, o saldo da balança comercial é negativo, no entanto, o valor de vendas ao exterior tem aumentado nos últimos anos. No que respeita às aquisições deste tipo de couve, cerca de 56% e 32 % do valor foi proveniente de Espanha e Alemanha, respectivamente.
Nos próximos anos perspectiva-se a continuação do aumento da área de cultivo em estufa de couve penca e repolho, na área de mercado de Póvoa de Varzim-Esposende, como forma de ultrapassar condicionalismos climáticos, permitindo um abastecimento mais regular do mercado ao longo do ano.

RECEITA
Sopa de repolho com grão
Base da sopa
6 Batata,4 cenouras, 2 cebolas, uma lata de grão
Azeite e sal q.b.
1 Repolho médio

Coza a base, passe com a varinha mágica, junte-lhe o repolho partido e o grão, rectifique os temperos.


ELABORADO POR:

Alice Costa
Leonilde Gomes

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Feijão Verde


Nome Científico: Phaseolus vulgaris L.
Nome Comum: Feijão.
Nomes Populares: Feijão.
Família: Fabaceae.

Origem/História: O Feijão é uma planta originária da América Central, onde é cultivada desde há 8000 anos juntamente com o milho e a abóbora, culturas que estiveram na base da agricultura meso-americana. A sua domesticação e posterior selecção levaram ao aparecimento de genótipos de feijão com ramificação reduzida, maior número de flores e vagens e sementes maiores. O feijão foi introduzido pelos espanhóis, após a descoberta da América em 1492, em Sevilha, sendo depois disseminado pela Europa e pelos restantes países do Velho Mundo. Actualmente os principais produtores mundiais de feijões são a China, os E.UA e a Turquia, enquanto a Espanha, França e Itália são os maiores produtores europeus.

Descrição: Os Feijões são plantas herbáceas, anuais, com morfologia variável, consoante as cultivares. O sistema radicular do feijão é aprumado e superficial e possui nódulos nas raízes laterais devido á simbiose com o rizóbio (Rhizobium - Bactéria fixadora do Azoto Atmosférico). As cultivares de feijão podem ser classificadas em quatro grupos consoante os hábitos de crescimento, sendo designados por feijão de tipo I os de crescimento rasteiro, de tipo II os de crescimento indeterminado rasteiro, tipo III os de crescimento indeterminado ramificado e de tipo IV os de crescimento indeterminado de trepar. O feijoeiro possui folhas compostas, pecioladas e trifoliadas. As flores de feijoeiro são perfeitas, possuem um cálice com cinco sépalas e uma corola de cinco pétalas. O fruto do feijoeiro é uma vagem com características variáveis consoante as cultivares.

Sementeira: Em geral, as sementes de Feijões cultivam-se em local definitivo desde o início da Primavera até meados do Verão. Em Portugal e em todo o Hemisfério Norte nos meses de Março, Abril, Maio, Junho e Julho.

Crescimento
: Rápido.

Luz: Importante parâmetro climático que influência a fisiologia da cultura do feijão. É uma espécie exigente em irradiância fotossinteticamente activa.

Temperatura: Cultura mesotérmica. A temperatura óptima para o desenvolvimento vegetativo do feijão situa-se entre os 20-25 Cº.

Solos: Prefere solos de texturas ligeiras a medianas, bem drenados, leves, ricos e com valores de pH entre os 6,0 e os 6,5. O feijão é uma planta muito sensível à salinidade do solo e da água de rega.

Resistência
: Sensível á geada.
Rega: O Feijoeiro é uma planta sensível à seca e ao encharcamento. É uma espécie exigente em água. O excesso de água na fase da sementeira atrasa a germinação do feijão e a emergência e favorece o ataque de fungos. O período da floração e do vigamento das vagens é aquele em que a planta tem maiores necessidades de água.

Adubação
: Aplicar adubo de cobertura rico em azoto, fósforo e potássio, de forma fraccionada, mas principalmente na fase de início da floração. Aplicar também magnésio em fundo (50%) e em cobertura (50%).

Principais Pragas e Doenças: Ácaros, afídeos, alfinete, broca do milho, gorgulho, lagarta de fruto, lagartas das folhas, larvas mineiras, mosca das sementes, mosca branca, piral do feijão, tripes, nematodes, alternaria, antracnose, doença do pé, ferrugem, fusariose, oídio, podridão branca e cinzenta, rizoctónia.

Multiplicação: Semente.

Colheita e Pós-Colheita: No caso do feijão verde, este deve ser colhido quando as vagens estão perto de atingirem o comprimento máximo mas antes que as sementes se desenvolvem significativamente. Colher de forma escalonada. As vagens devem-se apresentar túrgidas, tenras, isentas de saliencias provocadas pelas sementes, limpas e sem sinais de doenças. Devem ser conservadas no frio a temperaturas entre os 3-7 Cº. O feijão para consumo do grão, deve ser colhido quando atinge a maturação completa. Os grãos devem ser bem secos, limpos, livre de pragas e doenças e devem ser conservados em locais secos e ventilados ou em recipientes limpos e livres de humidade.

Utilização: O feijão verde pode ser utilizado e processado de várias formas, como em enlatados, enlatados pré-cozinhados ou em fresco. É utilizado em saladas, sopas, cozidos e assados, como acompanhamento de pratos de carne e peixe. O feijão em grão é muito utilizado na cozinha de vários países, principalmente no Brasil. Pode ser consumido de várias formas, em vários pratos e sopas. O feijão é rico em vitaminas do complexo B, proteínas, ácido fólico e fibra.


Esparregado de Feijão – Verde


Calorias
: +/- 126Kcal por porção.
Tempo de Preparação: 10 minutos a limpar e cortar; 20 minutos na cozedura.
Quantidade: 2 porções.
Ingredientes
300g de Feijão-Verde
Sal q.b.
2 Dentes de alho picados
1 Colher de sopa de azeite
1 A 2 colheres de sopa de um bom vinagre
1 Colher de sopa rasa de farinha de trigo

Preparação

1. Lave o feijão-verde, retire-lhe as fibras laterais e corte-o aos bocadinhos como se fosse para sopa.
2. Coza o feijão-verde em água com sal durante cerca de 15 minutos. Quando estiver cozido, retire da água e escorra bem.
3. Pique os alhos e coloque-os num tacho. Junte o azeite. Aloure os alhos e de seguida junte os feijão-verde. Mexa e mantenha o lume brando.
4. Numa tigela dissolva a farinha no vinagre.
5. Junte a mistura ao feijão-verde. Mexa e deixa apurar durante 2-3minutos. Depois retire do lume e sirva.

Sopa de Feijão Verde

Ingredientes:
6 batatas
2 cebolas
Dentes de alho
2 cenouras
2 kg de feijão verde
Azeite
Sal
Água (a cobrir os legumes)

Preparação
:
Cozem-se os legumes em água e sal (excepto o feijão verde e uma cenoura), quando estiverem cozidos reduz-se a puré e junta-se o feijão e a cenoura cortados miudamente. Junta-se um fio generoso de azeite e deixa-se cozinhar por mais algum tempo, até a cenoura estar cozida.

Trabalho Elaborado Por:

Carine Marisa Nicolau
Amélia Martins Gonçalves

A Agricultura

BRASSICA OLERACEA VAR.TRONCHUDA L.

História
Até ao final da Idade Média, estes tipos de couve constituíam a verdura mais utilizada na Europa . Variedades crespas ou mais lisas já eram consumidas na Grécia, no século IV a.C. . Estas, já referidas pelos antigos Romanos como couve sabeliana, são consideradas as formas ancestrais das couves actuais. Hoje podemos diferenciá-las de acordo com o comprimento do caule e pelas características das folhas. A cor das folha varia do glauco, verde-escuro, verde-violáceo ou castanho-violeta. A couve-russa foi introduzida no Canadá (passando depois para os Estados Unidos da América) pelos russos durante o século XIX.

Nome Científico: Brassica oleracea var. costata (cultivares de couve tronchuda ou couve penca).
Nome Comum: Couve Tronchuda.
Nomes Populares: Couve Tronchuda, Couve Portuguesa, Couve Cedo-Vem.
Família: A couve (Brassica) pertence à numerosíssima família das Crucíferas (umas 1.900 espécies), que compreende quase sem excussão todas as verduras. Contém numerosos óleos consistentes e enxofrados que estimulam o apetite e reforçam as secreções das glândulas, especialmente no tubo gastrointestinal. As formas de cultivo mais comuns são a couve portuguesa, a couve-galega, a couve lombarda, a couve crespa ou de Sabóia, a couve-de-bruxelas, a couve-rábano, a couve-flor, o repolho, os brócolos, os nabos e as nabiças.
Origem: Tendo a mesma origem das Beáticas, a sua selecção ocorreu na Península Ibérica.
Descrição: A "Couve Tronchuda Portuguesa" ou "Couve Cedo-Vem" é uma Tronchuda Temporã (que aparece antes de tempo), que produz com facilidade.
As Couves Tronchudas são variedades de couves tradicionais bastante cultivadas em Portugal e apreciadas em culinária, são baixas e de talos carnudos.
Sementeira: Em geral, as sementes de Couves Tronchudas Portuguesas semeiam-se de preferência em alfobre (de onde se transplantam mais tarde) desde o final do Inverno até meados do Outono.
(Em Portugal e todo o Hemisfério Norte nos meses de Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro).
Crescimento: Médio/lento
Resistência: São mais rústicas e menos exigentes em fertilizantes do que as couves repolho. São resistentes ao frio, podendo suportar temperaturas até os -8 Cº. Tolera a exposição a climas marítimos e adapta-se a diferentes tipos de solos.
Luz: Boa luminosidade.
Solos: Adaptam-se a diferentes tipos de solos, preferindo os de textura leve, soltos e bem drenados.
Rega: Regular.
Adubação: Não são exigentes em fertilizantes, podendo-se incorporar no solo adubo orgânico bem composto antes da plantação.
Pragas e Doenças: Afídeos, alfinete, áltica, falsa potra, lagartas, mosca da couve, mosca branca da couve, nóctuas, traça da couve, nematóide, míldio das crucíferas, pé negro, podridão cinzenta, ferrugem branca, potra.
Multiplicação: Semente.
Colheita: Efectua-se cortando manualmente o colo da planta.
Utilização: As couves de folha como a couve tronchuda possuem um maior teor de clorofila e carotenóides, são mais ricas em vitamina A e cálcio. São utilizadas na confecção de sopas e cozidos.

Composição Propriedades

Até hoje, infelizmente, os químicos não nos podem dizer muita coisa a este respeito. Conhece-se, porém, o conteúdo das diferentes variedades de couves quanto às principais substâncias alimentares, conforme se vê no quadro que se segue.
O conteúdo mineral corresponde completamente ao das outras espécies de verdura. Além disso, todas as variedades de couve, assim como todos os legumes, possuem elevado conteúdo de bases.
Todas as variedades de couve mostram, de resto, um pequeno conteúdo de caroteno, primeiro escalão da vitamina A, assim como de vitaminas B i, B2, C e K.
Os elementos que entram na sua composição são muito escassos em calorias, mas, segundo a experiência mostra, satisfazem muito bem a sensação de apetite. Esta característica pode aproveitar-se no regime para obesos, preparando pratos pobres em calorias, isto é, sem gordura nem fécula. As variedades de couves com paredes celulares delgadas, como a couve-flor, a couve-nabiça, podem, por outro lado, preparar-se com a ajuda de nata, ovos e gordura para a alimentação de enfermos desnutridos ou de alimentação difícil.
Também, como nas demais verduras de folhas, as variedades de couves constituem um alimento sumamente apropriado para os diabéticos, porque suportam muitíssimo bem o seu conteúdo em hidrocarbonetos, talvez por facilitarem o aproveitamento das matérias auxiliares, que actuam de forma análoga à insulinaPara o homem são, a couve tem sido desde a Idade Antiga um alimento sempre importante e variado, como hoje. Nunca se insistirá demasiado em que os legumes, as verduras, os cereais, as frutas e os produtos lácteos, numa preparação simples e natural, foram sempre a base da alimentação sã, continuando ainda agora a sê-lo. Com respeito à composição química da couve e das suas variedades, indica-se com frequência que são pobres em proteínas e matérias nutritivas, que cheiram mal, que são de difícil digestão e de pouco proveito, que têm poucas calorias, que carregam os intestinos, que produzem flatulências, etc. Estas propriedades negativas, frequentemente atribuídas às hortaliças, e em especial à couve e suas variedades, só se justificam quando as verduras se desnaturalizam e se desvalorizam totalmente na cozinha «selecta», cozendo-as, suavizando-as com bicarbonato de sódio, branqueando-as, salgando-as e recobrindo-as de farinha ou de extractos de carne ou de gorduras salgadas.
Na forma mais simples, consumidas em parte como alimento cru, em parte impregnadas com pouca gordura, as nossas variedades de couve tomadas em quantidades moderadas constituem um importante alimento preventivo para jovens e velhos.
Emprego do Suco de Couve nas úlceras do Estômago -- O suco de couve pode ostentar já um significado médico. O médico americano Dr. Carnett Cheney (Universidade de Stanford) tem publicado, desde 1940, uma série de trabalhos científicos sobre o tratamento das úlceras do estômago e do duodeno com suco de couve. Obtinha o suco centrifugando couve crua e fazia os doentes tomarem quatro ou cinco vezes diariamente, de 200 a 250 cm3 de suco cru. Informou que mediante este tratamento ao cabo de cinco dias, no máximo, conseguia fazer cessar as dores, curando-se as úlceras, nuns catorze dias. O Dr. Cheney vê a causa deste efeito principalmente na presença de algum elemento ainda desconhecido e a que chama vitamina U. Esta substância, de existência ainda insegura, está contida na gordura da couve, encontrando-se também provavelmente na salsa, na alface, no aipo, nos ovos e no leite cru. A couve refogada ou murcha perde esta vitamina. Os médicos suíços Strehler e Hunziker praticaram o tratamento de úlceras com suco de couve. Fizeram os doentes tomarem, além de um litro diário do dito suco, com uma ligeira alimentação básica, um litro de puré de banana com um pouco de nata e ovos. Com este regime não conseguiram acelerar o processo de cura por efeito da vitamina U (factor antiulceroso) nos doentes de gastrite e úlcera do estômago. Nos enfermos de úlcera do duodeno e de colite ulcerosa puderam, em contrapartida, comprovar uma redução do tempo de cura. Esta, nos doentes de úlcera do duodeno, precisou, em média, de três semanas e, num dos casos, apenas de sete dias. Os êxitos dos mencionados médicos na inflamação do duodeno, sempre de difícil cura, resultaram sobremaneira decisivos e deverão servir de base para posteriores investigações.
Outras Indicações Terapêuticas -- Na alimentação dos doentes, como se disse atrás, cumprem ter em conta as características dietéticas das diversas variedades da couve. Assim, aos doentes do estômago e do intestino devem dar-se naturalmente só as espécies mais finas, tais como couve-nabiça e couve-flor, ao passo que aos doentes de atonia intestinal ou com prisão de ventre crónica se devem dar as espécies mais fortes, excitantes das paredes intestinais, como couve-galega e couve-de-bruxelas, com as quais se sentirão aliviados, desde que não se apresente uma excepcional proliferação bacteriana intestinal; neste caso, seria mais oportuno um produto ácido do repolho, cru ou cozido ou em suco, e chegaríamos assim a um derivado da couve que não só é são como também possui um evidente valor médico, a couve fermentada (Chucrute).
Não só na Alemanha, como também em muitos outros países se aprecia muito como alimento o repolho fermentado ou chucrute.
Mas não se passou por alto o seu valor medicinal. De acordo com os nossos actuais conhecimentos, a couve fermentada consegue actuar como meio de cura e de correcção de uma série de doenças. A prevenção das avitaminoses assim como a sua cura é devida ao elevado conteúdo deste alimento em minerais e vitaminas, e especialmente a C.
Evacua os sucos e gases pútridos, actua como remédio na úlcera do estômago, reforça os nervos e colabora em grau considerável para a formação de sangue; deste modo, muitas pessoas que comem o chucrute vêem transformar-se a palidez do rosto num belo colorido que é sinal de saúde.
O princípio curativo da couve fermentada é devido provavelmente ao elevado conteúdo em ácido láctico natural, de cujo favorável efeito em doenças muito difundidas, como arteriosclerose, reumatismo, gota e males hepáticos, muito haveria que dizer.
E temos de citar ainda outra coisa. A couve fermentada já demonstrou o seu valor como alimento para diabéticos; consumida em grande quantidade tem influído muitas vezes favoravelmente no quadro clínico.
0 Suco de couve crua é especialmente eficaz como remédio contra as lombrigas, nomeadamente nas parasitoses intestinais infantis. Não só é barato como também, e ao contrário dos específicos vermífugos frequentemente tóxicos, é absolutamente inofensivo.

RECEITA

Couve com coelho bravo
Ingredientes
1Cebola,2dentes de alho, 1 folha de louro, salsa, 6 batatas médias, 1 couve tronchuda.
1 Coelho bravo
Sal, azeite, vinho tinto e água, q.b.

Preparação

Numa panela de ferro coloque a cebola às rodelas, o alho, o louro, salsa, azeite leve ao lume e deixe refogar um pouco, seguidamente junte o coelho partido aos pedaços, junte um pouco de água e vinho tinto e deixe cozer. Quando o coelho estiver quase cozido junte as couves e as batatas, tape e espere que estas se cozam, não deve ficar com muito molho.
Rectifique os temperos pode por um pouco de piripiri consoante o gosto.


Elaborado por:
Alice Costa
Leonilde Gomes

A Agricultura

Ervilha

Ervilheira
Classificação Científica
Reino:
Plantae

Divisão:
Magnoliophyta

Classe:
Magnoliopsida

Ordem:
Fabales

Família:
Fabaceae

Género:
Pisum

Espécie:
P. Sativum

A ervilha (Pisum sativum) é uma planta (legume) da qual existem mais de duzentas variedades, e de suas vagens são extraídos diversos tipos de grãos que constituem excelente alimento. Em algumas regiões de alguns países é costume utilizar os grãos e as vagens no alimento, quer na forma de sopa (grãos ou vagem) ou como salada (grãos ou vagem), pois se constituem em uma fonte de fibras.

A planta

Chamada de Ervilheira tem a sua origem na Ásia Central e na Europa. Produz ervilhas rica em vitaminas K1, C, B1, A e B6.

Tipos
Existem dois tipos de grãos, os lisos e os rugosos; o primeiro é menor e mais resistente, amadurecendo antes do outro. Este, no entanto, é mais apreciado por ser de maior tamanho e mais doce. As ervilhas são alimento de fácil digestão, e podem ser conservadas secas ou enlatadas. A planta é uma trepadeira de folhas compostas terminadas em gavinhas.

Variedades
Com a introdução, adaptação e desenvolvimento de tecnologia de produção de ervilha no Planalto Central, o Brasil reduziu sua importação em 70% nos últimos 20 anos. Nesse período, a Embrapa lançou diversas variedades de ervilha com resistência a doenças. Também colocou no mercado as quatro primeiras cultivares brasileiras específicas para congelamento. Esse produto é 50% mais proveitoso que a ervilha verde importada. Sua produção veio suprir a demanda pelo produto para consumo in natura ou congelado.
A Embrapa também desenvolveu a ervilha Axé, um derivativo da ervilha verde, desenvolvida especialmente para a agro-indústria - grãos verdes enlatados e grãos congelados, apresentando maior produtividade em relação as existentes actualmente no mercado.

Origem/História: A ervilha, juntamente com a lentilha, grão-de-bico, trigo e cevada, foi das primeiras plantas a serem domesticadas. A ervilha foi domesticada no Próximo Oriente (Turquia, Iraque), no início do Neolítico. Esta espécie já é cultivada desde há pelo menos, 9000 anos. Após a domesticação, a ervilha foi dessiminada pela Europa, Ásia Central e Oriental. A ervilha desempenhou um papel importante na alimentação na Europa medieval, na forma de grão seco, tendo o consumo das sementes imaturas ocorrido pela primeira vez por volta do séc. XVI, mas só no séc. XIX assume um papel importante. Esta espécie foi utilizada como material biológico por Gregor Mendel nos trabalhos que levaram á formulação das leis da hereditariedade (Leis de Mendel), que viriam a dar origem á disciplina da Genética.
Descrição: Planta herbácea, anual, com sistema radicular aprumado, superficial, com nódulos fixadores de azoto atmosférico, como é característico da maioria das espécies desta família. O caule é cilíndrico, ramificado e não é volúvel como por exemplo nos feijões. A Ervilha agarra-se aos tutores através de gavinhas. A altura da planta pode variar entre os 0,25 e 3m, dependendo das cultivares. As folhas são compostas, com 2 a 3 pares de folíolos e 3 a 5 gavinhas na extremidade. São de inserção alterna e podem ter diversas formas. As flores são isoladas, agrupadas aos pares ou em trios. O fruto da Ervilheira é uma vagem de forma e dimensão variáveis.

Sementeira: Em geral, as sementes de Ervilhas cultivam-se em local definitivo desde o início da Primavera até meados do Verão e numa segunda época de meados do Outono ao seu final. Em Portugal e em todo o Hemisfério Norte nos meses de Março, Abril, Maio, Junho e Julho e no Outono nos meses de Outubro e Novembro.

Temperatura: Prefere climas frescos mas não demasiado frios, embora esteja bem adaptada a climas temperados e húmidos. A temperatura média óptima para o seu desenvolvimento situa-se entre os 13 e 18 Cº.
Luz: Boa luminosidade.

Solos: Adapta-se a diversos tipos de solo. Prefere os solos bem drenados e de textura média. Evitar os solos pesados e mal drenados, assim como os arenosos. O pH óptimo situa-se entre os 6,0-6,5 para os solos arenosos e entre os 7-7,5 para os argilosos.

Resistência: Tolera geadas moderadas durante a fase vegetativa.

Rega: Ocasional a regular dependendo da pluviosidade da região.

Adubação: Adubar com adubo rico em fósforo e potássio. Aplicar algum adubo rico em azoto no arranque da cultura.

Pragas e doenças: ácaros, afídeos, escaravelho da ervilha, gorgulho, larvas mineiras, mosca branca, mosca das sementes, traça das ervilha, tripes, nemátodes, alternária, antracnose, ferrugem, fusariose, míldio, oídio, murchidão das plântulas, podridão branca e cinzenta, septoriose.
Multiplicação: Semente.

Utilização: A ervilha pode ser cultivada pelas suas sementes secas, imaturas ou pelas vagens imaturas. As plântulas de ervilha ou rebentos também são consumidas. Podem ser consumidas na forma de enlatados, congelados, grãos secos ou em verde. Pode ser utilizada em sopas, saladas, em vários pratos de carne e peixe e noutros preparados culinários. A principal utilização da ervilha nos países industrializados é como fonte de proteína na preparação de alimentos para animais. A ervilha é rica em proteína, cálcio, fósforo, ferro, potássio, vitaminas A e C.


Ervilhas com ovos escalfados
Ingredientes
Ervilha fresca ou congelada: 2,5 a 3 kg
Ovo: 4
Alho: 1 dente
Cebola: 2
Margarina: 2 colheres de sopa
Azeite: 1 colher
Tomate: 1
Salsa: 1 ramo
Chouriço: 1
Presunto: q.b.
Louro: q.b.
Pimenta: q.b.

Preparação
Descasque as ervilhas das vagens, caso estas sejam frescas.
Aloure uma ou 2 cebolas com o dente de alho migado, margarina e azeite. Adicione um tomate cortado aos cubos, um ramo de salsa e louro atados e deixe refogar. Adicione as ervilhas e 2l de água quente, as rodelas de chouriço e bacon. Tempere com uma pitada de pimenta. Deixe cozer. Abra alguns espaços no recipiente e coloque em cada, um ovo. Tape e deixe escalfar.

Sugestões
Não fica mal com uma salada a acompanhar.
Sopa de Ervilhas com Hortelã
Ingredientes:
3 Colheres (sopa) de manteiga
1 Cebola média picada
3 1/2 Xícaras de caldo de galinha
1 Batata grande, cortada.
3 1/2 Xícaras de ervilhas congeladas
3 Colheres (sopa) de salsa picada
3 Colheres (sopa) de folhas de hortelã picadas
1 Xícara de água
1/2 Colheres (chá) de pimenta-do-reino
1/4 de xícara de creme de leite batido levemente

Preparação:
Em uma panela grande, derreta a manteiga em fogo médio. Cozinhe as cebolas por 3 minutos, até começarem a ficar macia. Adicione o caldo de galinha e as batatas. Leve para ferver. Tampe de reduza para fogo baixo. Cozinhe por 10 minutos, até as batatas cozinharem. Adicione as ervilhas. Ferva sem tampar por 3 minutos, até as ervilhas ficarem macias. Adicione a salsa e a hortelã. Coloque a sopa num processador e triture. Volte à sopa para a panela. Acrescente a água e tempere com pimenta. Cozinhe em fogo médio por 3 minutos para pegar gosto. Enfeite com creme de leite e sirva. Rende 4 porções.


Trabalho Elaborado Por:

Carine Marisa Nicolau
Amélia Martins Gonçalves