terça-feira, 25 de agosto de 2009

Turismo rural

História de Quadrazais
Quadrazais é uma aldeia raiana que fica no planalto do Sabugal, no sopé das serras da Malcata e Mesas, junto à margem do rio Côa.
As primeiras comunidades eram tribais e viviam da agricultura, mas sobretudo da pastorícia.
Os principais povos responsáveis pelo povoamento da região até á data de inicio da romanização foram os Fenícios, Gregos e Celtas.
Estando a decorrer o período de ocupação Romana, os povos indígenas resistiram até cerca de 138 a.c., altura em que se registou um definitivo domínio romano na região; dessa altura datam várias pontes sobre o rio Côa, existentes ainda hoje.
Prevê-se que por volta do sec.XII a região se encontrasse quase deserta foi então que foi feito um repovoamento da região por ordem do rei de Leão que oferecia terras a quem as povoasse.
D. Dinis vendo a politica de repovoamento castelhano e o não comprimento do tratado, tomou todos aqueles lugares pela força (datam desta altura obras de reconstrução na castelo do Sabugal).
Em 1651, os Espanhóis sofrem uma grande derrota em Quadrazais, vêem mesmo os quadrazenhos tomar os castelos de Eljas e ValVerde del Fresno e a povoação de Xalma.
Estas constantes guerrilhas e desrespeito das fronteiras dura até ao sec.XIX com a assinatura do convénio entre Portugal e Espanha em 1864, só a partir de então os dois povos viveram em paz nesta região Trancudana.

Gíria Quadrazenha e contrabando

Ao falar de Quadrazais, falamos também de contrabando e gíria.
O contrabandista, que pela calada da noite passava mercadoria por essas serras, montes e penedos, fugindo á guarda fiscal, desapareceu.
A gíria quadrazenha é um calão contrabandista, isto é como o contrabandista era um homem que palmilhava o país de norte a sul e passava ainda além fronteiras, as origens de algumas palavras da gíria são muito variadas.
A gíria Quadrazenha era comunicar uma linguagem apenas dominada pelos contrabandistas.

Alguns exemplos de Gíria:
Activa – faca
Facho – guarda-fiscal
Agatonar - roubar
Galhal - dinheiro
Alifantes - olhos
Iborio - fulano
Beca - taberna
Jeca - raiva
Briol - vinho
Laposa - bofetada
Cambalache - negócio
Manego - rapaz
Chaira - carne
Moca - café
Chingar - beber
Murchoila - cabeça
Choina - cama
Moienes - eu
Escanar - comer
Pinante – chapéu
Facheiro - ruim
Paivo - cigarro

Trabalho realizado por: Amélia, Eufêmia, Lisete e Rosália

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