sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Agricultura

BRASSICA OLERACEA VAR.TRONCHUDA L.

História
Até ao final da Idade Média, estes tipos de couve constituíam a verdura mais utilizada na Europa . Variedades crespas ou mais lisas já eram consumidas na Grécia, no século IV a.C. . Estas, já referidas pelos antigos Romanos como couve sabeliana, são consideradas as formas ancestrais das couves actuais. Hoje podemos diferenciá-las de acordo com o comprimento do caule e pelas características das folhas. A cor das folha varia do glauco, verde-escuro, verde-violáceo ou castanho-violeta. A couve-russa foi introduzida no Canadá (passando depois para os Estados Unidos da América) pelos russos durante o século XIX.

Nome Científico: Brassica oleracea var. costata (cultivares de couve tronchuda ou couve penca).
Nome Comum: Couve Tronchuda.
Nomes Populares: Couve Tronchuda, Couve Portuguesa, Couve Cedo-Vem.
Família: A couve (Brassica) pertence à numerosíssima família das Crucíferas (umas 1.900 espécies), que compreende quase sem excussão todas as verduras. Contém numerosos óleos consistentes e enxofrados que estimulam o apetite e reforçam as secreções das glândulas, especialmente no tubo gastrointestinal. As formas de cultivo mais comuns são a couve portuguesa, a couve-galega, a couve lombarda, a couve crespa ou de Sabóia, a couve-de-bruxelas, a couve-rábano, a couve-flor, o repolho, os brócolos, os nabos e as nabiças.
Origem: Tendo a mesma origem das Beáticas, a sua selecção ocorreu na Península Ibérica.
Descrição: A "Couve Tronchuda Portuguesa" ou "Couve Cedo-Vem" é uma Tronchuda Temporã (que aparece antes de tempo), que produz com facilidade.
As Couves Tronchudas são variedades de couves tradicionais bastante cultivadas em Portugal e apreciadas em culinária, são baixas e de talos carnudos.
Sementeira: Em geral, as sementes de Couves Tronchudas Portuguesas semeiam-se de preferência em alfobre (de onde se transplantam mais tarde) desde o final do Inverno até meados do Outono.
(Em Portugal e todo o Hemisfério Norte nos meses de Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro).
Crescimento: Médio/lento
Resistência: São mais rústicas e menos exigentes em fertilizantes do que as couves repolho. São resistentes ao frio, podendo suportar temperaturas até os -8 Cº. Tolera a exposição a climas marítimos e adapta-se a diferentes tipos de solos.
Luz: Boa luminosidade.
Solos: Adaptam-se a diferentes tipos de solos, preferindo os de textura leve, soltos e bem drenados.
Rega: Regular.
Adubação: Não são exigentes em fertilizantes, podendo-se incorporar no solo adubo orgânico bem composto antes da plantação.
Pragas e Doenças: Afídeos, alfinete, áltica, falsa potra, lagartas, mosca da couve, mosca branca da couve, nóctuas, traça da couve, nematóide, míldio das crucíferas, pé negro, podridão cinzenta, ferrugem branca, potra.
Multiplicação: Semente.
Colheita: Efectua-se cortando manualmente o colo da planta.
Utilização: As couves de folha como a couve tronchuda possuem um maior teor de clorofila e carotenóides, são mais ricas em vitamina A e cálcio. São utilizadas na confecção de sopas e cozidos.

Composição Propriedades

Até hoje, infelizmente, os químicos não nos podem dizer muita coisa a este respeito. Conhece-se, porém, o conteúdo das diferentes variedades de couves quanto às principais substâncias alimentares, conforme se vê no quadro que se segue.
O conteúdo mineral corresponde completamente ao das outras espécies de verdura. Além disso, todas as variedades de couve, assim como todos os legumes, possuem elevado conteúdo de bases.
Todas as variedades de couve mostram, de resto, um pequeno conteúdo de caroteno, primeiro escalão da vitamina A, assim como de vitaminas B i, B2, C e K.
Os elementos que entram na sua composição são muito escassos em calorias, mas, segundo a experiência mostra, satisfazem muito bem a sensação de apetite. Esta característica pode aproveitar-se no regime para obesos, preparando pratos pobres em calorias, isto é, sem gordura nem fécula. As variedades de couves com paredes celulares delgadas, como a couve-flor, a couve-nabiça, podem, por outro lado, preparar-se com a ajuda de nata, ovos e gordura para a alimentação de enfermos desnutridos ou de alimentação difícil.
Também, como nas demais verduras de folhas, as variedades de couves constituem um alimento sumamente apropriado para os diabéticos, porque suportam muitíssimo bem o seu conteúdo em hidrocarbonetos, talvez por facilitarem o aproveitamento das matérias auxiliares, que actuam de forma análoga à insulinaPara o homem são, a couve tem sido desde a Idade Antiga um alimento sempre importante e variado, como hoje. Nunca se insistirá demasiado em que os legumes, as verduras, os cereais, as frutas e os produtos lácteos, numa preparação simples e natural, foram sempre a base da alimentação sã, continuando ainda agora a sê-lo. Com respeito à composição química da couve e das suas variedades, indica-se com frequência que são pobres em proteínas e matérias nutritivas, que cheiram mal, que são de difícil digestão e de pouco proveito, que têm poucas calorias, que carregam os intestinos, que produzem flatulências, etc. Estas propriedades negativas, frequentemente atribuídas às hortaliças, e em especial à couve e suas variedades, só se justificam quando as verduras se desnaturalizam e se desvalorizam totalmente na cozinha «selecta», cozendo-as, suavizando-as com bicarbonato de sódio, branqueando-as, salgando-as e recobrindo-as de farinha ou de extractos de carne ou de gorduras salgadas.
Na forma mais simples, consumidas em parte como alimento cru, em parte impregnadas com pouca gordura, as nossas variedades de couve tomadas em quantidades moderadas constituem um importante alimento preventivo para jovens e velhos.
Emprego do Suco de Couve nas úlceras do Estômago -- O suco de couve pode ostentar já um significado médico. O médico americano Dr. Carnett Cheney (Universidade de Stanford) tem publicado, desde 1940, uma série de trabalhos científicos sobre o tratamento das úlceras do estômago e do duodeno com suco de couve. Obtinha o suco centrifugando couve crua e fazia os doentes tomarem quatro ou cinco vezes diariamente, de 200 a 250 cm3 de suco cru. Informou que mediante este tratamento ao cabo de cinco dias, no máximo, conseguia fazer cessar as dores, curando-se as úlceras, nuns catorze dias. O Dr. Cheney vê a causa deste efeito principalmente na presença de algum elemento ainda desconhecido e a que chama vitamina U. Esta substância, de existência ainda insegura, está contida na gordura da couve, encontrando-se também provavelmente na salsa, na alface, no aipo, nos ovos e no leite cru. A couve refogada ou murcha perde esta vitamina. Os médicos suíços Strehler e Hunziker praticaram o tratamento de úlceras com suco de couve. Fizeram os doentes tomarem, além de um litro diário do dito suco, com uma ligeira alimentação básica, um litro de puré de banana com um pouco de nata e ovos. Com este regime não conseguiram acelerar o processo de cura por efeito da vitamina U (factor antiulceroso) nos doentes de gastrite e úlcera do estômago. Nos enfermos de úlcera do duodeno e de colite ulcerosa puderam, em contrapartida, comprovar uma redução do tempo de cura. Esta, nos doentes de úlcera do duodeno, precisou, em média, de três semanas e, num dos casos, apenas de sete dias. Os êxitos dos mencionados médicos na inflamação do duodeno, sempre de difícil cura, resultaram sobremaneira decisivos e deverão servir de base para posteriores investigações.
Outras Indicações Terapêuticas -- Na alimentação dos doentes, como se disse atrás, cumprem ter em conta as características dietéticas das diversas variedades da couve. Assim, aos doentes do estômago e do intestino devem dar-se naturalmente só as espécies mais finas, tais como couve-nabiça e couve-flor, ao passo que aos doentes de atonia intestinal ou com prisão de ventre crónica se devem dar as espécies mais fortes, excitantes das paredes intestinais, como couve-galega e couve-de-bruxelas, com as quais se sentirão aliviados, desde que não se apresente uma excepcional proliferação bacteriana intestinal; neste caso, seria mais oportuno um produto ácido do repolho, cru ou cozido ou em suco, e chegaríamos assim a um derivado da couve que não só é são como também possui um evidente valor médico, a couve fermentada (Chucrute).
Não só na Alemanha, como também em muitos outros países se aprecia muito como alimento o repolho fermentado ou chucrute.
Mas não se passou por alto o seu valor medicinal. De acordo com os nossos actuais conhecimentos, a couve fermentada consegue actuar como meio de cura e de correcção de uma série de doenças. A prevenção das avitaminoses assim como a sua cura é devida ao elevado conteúdo deste alimento em minerais e vitaminas, e especialmente a C.
Evacua os sucos e gases pútridos, actua como remédio na úlcera do estômago, reforça os nervos e colabora em grau considerável para a formação de sangue; deste modo, muitas pessoas que comem o chucrute vêem transformar-se a palidez do rosto num belo colorido que é sinal de saúde.
O princípio curativo da couve fermentada é devido provavelmente ao elevado conteúdo em ácido láctico natural, de cujo favorável efeito em doenças muito difundidas, como arteriosclerose, reumatismo, gota e males hepáticos, muito haveria que dizer.
E temos de citar ainda outra coisa. A couve fermentada já demonstrou o seu valor como alimento para diabéticos; consumida em grande quantidade tem influído muitas vezes favoravelmente no quadro clínico.
0 Suco de couve crua é especialmente eficaz como remédio contra as lombrigas, nomeadamente nas parasitoses intestinais infantis. Não só é barato como também, e ao contrário dos específicos vermífugos frequentemente tóxicos, é absolutamente inofensivo.

RECEITA

Couve com coelho bravo
Ingredientes
1Cebola,2dentes de alho, 1 folha de louro, salsa, 6 batatas médias, 1 couve tronchuda.
1 Coelho bravo
Sal, azeite, vinho tinto e água, q.b.

Preparação

Numa panela de ferro coloque a cebola às rodelas, o alho, o louro, salsa, azeite leve ao lume e deixe refogar um pouco, seguidamente junte o coelho partido aos pedaços, junte um pouco de água e vinho tinto e deixe cozer. Quando o coelho estiver quase cozido junte as couves e as batatas, tape e espere que estas se cozam, não deve ficar com muito molho.
Rectifique os temperos pode por um pouco de piripiri consoante o gosto.


Elaborado por:
Alice Costa
Leonilde Gomes

1 comentário:

Anónimo disse...

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